Editora: CreateSpace
Páginas: 260
Classificação: 5/5 estrelas
Essa é a sequência de The Law of Moses, e teoricamente irá girar em torno do melhor amigo de Moses, David “Tag”, mas logo ao começar o livro você se pega envolvido mais uma vez com Moses e pouco a pouco percebe que The Song of David vai muito além de Tag.
Por um lado fica um ponta de decepção porque o livro em nenhum momento foi o que eu esperava. De supetão, nas primeiras páginas, já ficamos a par de como está a vida de Tag. O grande mistério está em seu recente desaparecimento, e aos poucos vamos descobrir o que levou-o a esse ponto de ruptura.
Tag construiu um império, está a caminho de lutar pelo cinturão do MMA em sua categoria, e ainda conheceu uma dançarina especial de diversas formas diferentes. Quando ele deixa tudo para trás, a autora nos joga em suas memórias, os encontros e desencontros, as vitórias e o evento que trouxe a infeliz partida. Mas um terço da história também é sobre Moses, seu dom, e a ligação com Tag.
Entretanto, diferente do livro anterior, a leitura de The Song of David se arrastou, quando você lê tanto de uma autora, você sempre espera ela em seu melhor e duvidei disso em alguns momentos, até perceber que essa á uma história que vai muito além da escrita, de uma simples união de frases, e precisei parar para entender e sentir toda a gama de sentimentos que Amy Harmon preparou para os leitores dessa vez.
O que ela não sabia, o que não poderia ver, era que ela me derrubava, eu poderia estar em pé ao seu lado, mas eu já estava caindo.
Sim, meu entrosamento e ligação com os personagens não aconteceu em um estalar de dedos, mas mesmo com essa barreira, isso não foi suficiente para impedir as lágrimas de caírem. Tudo é muito intenso, cru; os obstáculos, as batalhas, a ideia de conseguir se reerguer no pior cenário e ir em frente, de ser empurrado até não aguentar mais, e ao cair, aceitar que certas vezes é preciso de ajuda para se reerguer. E essa não será uma viagem fácil, nem para o leitor, muito menos para os personagens.
É estúpido destacar isso, mas essa resenha não é suficiente para o que a autora quer mostrar, seu livro ora é doce, repleto de sensações, e ora é dilacerador e magoa porque coloca por terra o sonho encantado de que tudo dará certo.
“Eu não posso ver o caminho a seguir.”
“Eu também não. Mas isso não me parou.”
E preciso manter um pouco de distância dos livros dessa autora porque o fardo é pesado, nunca é “só mais um livro” ou “só mais uma história“, parece louco explicar dessa forma, mas não é, sério. Talvez seja complicado entender e até colocar em palavras como um livro que aparentemente não gostei se tornou algo tão grande, minha vontade ao terminar foi só ir atrás de algo mais “feliz” para ler, mas a verdade é que esse livro é sobre a vida, e mesmo com as tragedias, as alegrias tomam tudo ao olhar para trás. Essa é a maior mensagem de Amy. Não é para ser fácil, é para ser inesquecível, e isso The Song of David com certeza foi.
Assim nossa jornada começou. E assim foi onde terminou.
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