Editora: Verus
Páginas: 434
Classificação: 5/5 estrelas
Essa resenha pode conter spoilers envolvendo o primeiro livro. Leia a resenha dele aqui.
Se você pudesse roubar coisas de sonhos, o que você roubaria? Ronan Lynch guarda segredos. Alguns ele guarda dos outros. Alguns ele guarda dele mesmo. Um segredo: Ronan pode tirar coisas de seus sonhos. E algumas vezes ele não é o único que quer essas coisas.
Ronan Lynch vivia com toda sorte de segredo.”
Ronan é um dos Garotos Corvos (o mais lindo perfeito problemático que eu viciei e OMG me calei) – um grupo de amigos, praticamente irmãos, em busca de um rei já morto chamado Glendower, que eles acreditam estar escondido em algum lugar nos vales de sua privada escola, Academia Aglionby. Os caminhos pra Glendower há muito vive como corrente de energia abaixo a cidade. Mas agora, como os segredos de Ronan, esta começando a emergir para a superfície – transformando tudo no seu despertar.
Como fomos muito bem surpreendidos no final de Os Garotos Corvos (supondo que você o tenha lido, eu ESPERO que tenha lido), Ronan pode tirar coisas de seus sonhos. Literalmente. O garoto sonha e tira objetos de lá, de sonho pra realidade. Logo o misterioso Homem Cinza chega a Henrietta em busca de um objeto chamado Greywaren, que parece ser capaz de tirar objetos de sonhos…
Temos também Adam Parrish, um dos garotos, que parece ter sido o mais afetado pelo ultimo evento em Cabeswater; desde seu sacrifício, Adam vem agindo estranhamente, com visões e vozes diretamente das linhas Ley, e o fato de ter saído de casa com seu relacionamento com os pais abalado não ajuda.
Pra finalizar, energia está sendo roubada das tais linhas Ley, fazendo até a mítica floresta desaparecer, deixando os Garotos e Blue perdidos na sua busca por Glendower.
Outra surpresa em si é o livro. Maggie nos apresenta uma narrativa sob o ponto de vista de Ronan, nos permitindo ver dentro dele, seus pensamentos, sentimentos e motivações de uma maneira extremamente subliminar, enigmática e totalmente encantadora.
Ronan tem problemas, demônios internos (rsrs), que envolve sua família e principalmente seu assassinado pai. Alguns de seus problemas são seu irmão mais velho Declan, com quem ele não consegue se acertar, e seu irmão mais novo, Matthew, outro relacionamento peculiar. E, claro, há sua mãe, uma estátua sem vida dentro da casa da família, e Kavinsky, outro garoto da Academia, um encrenqueiro, bad boy, que desperta o pior de Ronan. Enfim, Ronan não é um garoto fácil.
E Ronan era tudo o que sobrara: olhos brilhantes e um sorriso feito para a guerra.
Mas o garoto tem seus amigos. Gansey, fiel e que, ao contrario de Kavinsky, sempre busca o melhor do garoto; Noah, o espírito de um garoto morto que divide apartamento com eles; Adam (ah! Adam…) e agora Blue, que ainda está bastante preocupada com seu beijo mortal.
Eu escolho esse aí, Destino, ela pensou ferozmente. Não Richard Gansey III. Você não pode me dizer o que fazer.
Sim esse é um livro totalmente focado em Ronan, mas nossos outros personagens não deixam de ser importantes, como as impagáveis videntes da Rua Fox, 300, além de adições importantíssimas á série. Nenhum dos personagens da Maggie poderia ser descritos como secundários, sendo todos tão complexos e que dividem a atenção do leitor.
Ronan Lynch, guardião de segredos, lutador de homens, diabo de garoto, havia contado a todos que conseguia tirar objetos dos seus sonhos.
Maggie escreveu um livro bastante ousado (cap 30, 41, 43 e epilogo UFA), com muito mistério, capítulos e passagens hilárias e outras de beirar a lágrimas. O que Os Garotos Corvos mostrou de inovação e premissa, Ladrões de Sonhos supera mesmo com suas várias pontas soltas e um cliffhanger filha-da-mãe mas muito bem construído e não posso deixar de aguardar pela sequência Blue Lily, Lily Blue como aguentar esperar depois desse final feelings feelings e mais feelings.
Naquele momento, Blue estava um pouco apaixonada por todos eles. Pela magia deles. Pela busca deles. Pela voracidade e pela estranheza deles. Seus garotos corvos.
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