Editora: Verus
Páginas: 476
Classificação: 5/5 estrelas
Apesar de amar com loucura os livros da Carina Rissi, por razões pessoais estudar¹²³ precisei segurar um pouco a leitura de Encontrada, e enquanto isso mais e mais resenhas saiam e apesar de não lê-las me chegaram alguns comentários mencionando o quão diferente o livro está de seu antecessor. Para alguns isso pode ter sido ruim, para mim foi maravilhoso.
O livro começa algumas semanas após o retorno de Sofia para Ian. Prestes a se casar, ela tenta lidar com a loucura dos preparativos, os diversos presentes que o Sr. Clarke lhe proporciona, e alguns convidados bem inconvenientes. E enquanto aprende um pouco mais sobre o século dezenove, Sofia percebe que sua mente de mulher independente não se encaixa bem entre as pessoas da época e suas ações podem colocar em risco o amor pelo qual lutou para viver.
Inicialmente a existência de Encontrada me deixou confusa. Se Perdida deixou todos os pingos nos is e conclui belamente a obra, para quê mais? Pois é, mas o felizes para sempre nem sempre significa fim e deve ser aí que está a diversão. Tudo bem, o livro em suas primeiras páginas não me pegou tanto, não entendi para onde a autora queria encaminhar a trama e como uma mulher do século vinte e um compreendi bem a aversão de Sofia pelos bons costumes da época. Mas, página vai e página vem, você é sugado para a história, e eu não só comecei a entender como também sofrer não só por Sofia, mas também por Ian, por suas más escolhas, pelas palavras não ditas, e o choque que a bola de neve que isso formou gerou no relacionamento perfeito entre eles. Mas será que era tão perfeito assim?
Diga que ainda é minha. Diga que pode me perdoar.
Agora, ouso dizer que esse livro é melhor que seu antecessor. Enquanto em Perdida a risada foi constante, hilario ao ponto de o romance ficar, pelo menos para mim, em segundo plano, em Encontrada a dor de cabeça imperou, é melhor, mais sombrio, maduro, mais crível. Dessa vez o casal de conto de fadas encontrou problema atrás de problema e, como pessimista que sou, cheguei a me perguntar se Sofia não estaria melhor vivendo no século XXI. Eu me aproximei mais dos personagens e nessa sequência eu não só entendi o amor entre Sofia e Ian como também o senti e apesar de ainda não haver trechos narrados por Ian, eu entendi o homem, seu amor por Sofia e torci cem por cento por ele.
Em seu segundo livro, hoje vejo que a saga não é mais sobre uma garota que voltou ao tempo, se apaixonou e precisa escolher qual destino quer viver, agora essa garota tem problemas normais para lidar, com contratempos, intrigas e lutar pelo que acredita. Sofia não é mais uma garota ficticia, garotas como ela não vivem somente em livros, vai além disso, e a batalha de Sofia serve de inspiração porque pode até ser impossível viajar através dos séculos por amor, mas lutar por ele e não aceitar nada menos é algo que pode acontecer fora das páginas, desejamos que aconteça, mas querer algo e fazer acontecer são duas coisas completamente diferentes e que somente algumas Sofias pelo mundo percebem.
Meu passado, meu presente, meu futuro… Minha vida.
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