Editora: Vergara&Riba
Páginas: 502
Classificação: 5/5 estrelas
Insígnia: A Arma Secreta conta a história do Tom, um rapaz que não leva uma vida muito normal, seu pai é um jogador problemático, e juntos eles vão de cidade a cidade, em uma existência nômade. Mas há algo em que Tom se destaca, os videogames. Assim, nessa distopia onde as guerras são travadas em outros planetas para a exploração de seus materiais, Tom acaba sendo contratado para trabalhar na Agulha como um combatente, o que muda sua vida.
Eu devo dizer que Insígnia foi um dos melhores livros de 2013. Incrivelmente bem escrito, a autora tece uma trama bem construída e te faz apaixonar pelo livro. E tudo que senti ao lê-lo me conquistou de tal forma que o sentimento ainda não passou e é difícil escrever em quais pontos Kincaid impressionou e até mesmo relatar tudo que senti ao ponto de mostrar como vale a pena lê-lo, então por favor me perdoem por qualquer excesso de empolgação.
Assim, devo começar dizendo que a autora constrói uma realidade bem crível no qual empresas são os grandes governantes do universo e assim dividem ele para decidir quais delas vão explorar os recursos de certos planetas. Desse modo, a autora ganha meu respeito quando crítica o fato de pessoas deixarem as grandes corporações explorarem seus bens e fazerem o que quiserem, além de se aprofundar na tecnologia e todas as possibilidades.
Quanto aos personagens, amei Tom, ele é incrivelmente genuíno e fácil de se apegar, mesmo que em certos momentos alguns traços de sua personalidade acabam sendo irritantes — ele é humano, afinal de contas. Mas não é somente ele que merece o destaque, personagens secundários como Wyatt, Vik, Yuri, e Eliot só acrescentaram a narração e me fez amar mais ainda o livro. Eu até gostei de alguns supostos vilões, um deles tem um enorme carisma e realmente não acredito que seja tão mal como o Tom está convencido que ele é e eu mal posso esperar para saber como tudo vai acontecer na sequência.
É gostosa a habilidade de manipulação, uma grande característica do livro. Ora eu me via deliciando com tudo o que acontecia contra as companhias e exército, ora eu me irritava quando os atingidos eram meus personagens xodó. É interessante a forma como a autora explora os meios para se manipular alguém, principalmente num mundo onde crianças, afinal o protagonista tem apenas 14 anos (mais novinho que eu), são os principais combatentes nessa guerra que apenas cobre os interesses de grandes corporações e como isso acaba afetando o psicológico dos jovens.
Esse pode até ser o romance de estreia da autora, mas ela soube moldar com maestria um mundo onde tudo é mais moderno, lembrando-me de outro livro favorito, Jogador nº 1, e como a tecnologia torna possível um novo modo de combate. Sinceramente não há nada que não gostei no livro, Kincaid formou algo criativo, nunca deixando o enredo pender para um lado mais tedioso e cansativo, deixando-me mais fissurada a cada página, sem conseguir largar o livro. Então, eu só digo uma coisa e espero que confiem nessa chata aqui: leia, leia, e leia. Não importa o quão cansado de distopia você esteja, essa vai valer a pena.
Este livro está no topo da minha lista de desejados, só ouço falar bem.
Bjo.
http://toalhamecanica.wordpress.com