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[RESENHA PLANETA] “Paixão de Primavera” – Mary Kay Andrews


paixao

Autora: Mary Kay Andrews
Editora: Planeta
Páginas:
416
Classificação:
5/5 estrelas

Aaai, chick-lit! Quando as autoras vem com suas ideias e histórias mirabolantes sobre o universo feminino, tem como não amar?! Eu já ouvi diversos comentários sobre o gênero, desde “ah, é leve e me faz rir” até “humor barato, não sei porque leem esse tipo de coisa“. Bem, eu posso dizer por quê amo chick-lit: não importa quão insana a história seja, eu sempre sinto como se estivesse em casa em cada livro que leio.

O que aconteceu? Que diabos aconteceu com a gente?

E nesse mais novo chick-lit publicado pela Essência, o segundo que publicam escrito por Mary Kay Andrews, a situação é mais inesperada do que o normal. Annajane é uma mulher que está se preparando para mudar de cidade e emprego, mas antes de sair de Passcoe, o lugar que a tornou a sulista que é, ela decide ir ao casamento de seu ex-marido para fechar de vez esse episódio de sua vida e partir para outra. Já no casamento, ela entra em pânico ao perceber que ainda possui sentimentos por ele e então tudo desanda, o casório é cancelado e Annajane tem poucos dias para decidir como seguir com sua vida noiva de um cara que não ama e prestes a perder seu ex-marido, dessa vez para sempre.

Enquanto prepara sua mudança, pouco a pouco, tudo o que Annajane tinha planejado acaba caindo por terra e ela perde a direção. Já Mason, o charmoso ex-marido, também tem suas próprias dúvidas e não imagina Passcoe sem Annajane. Conforme a situação da fábrica da família se agrava e com Pokey, melhor amiga de Annajane e irmã de Mason, decidida a unir os dois, Annajane percebe que talvez seja a hora de resolver os conflitos do passado para finalmente poder seguir em frente, com ou sem seu amor verdadeiro.

A história de Annajane e Mason é antiga. Ela é apaixonada por ele desde os quinze anos, e ele quando finalmente parou para percebe-la desde então não a tirou mais da cabeça. Entretanto, como acontece em muitos casamentos, juntos eles não deram tão certo. A família de ambos era contra a união, e Mason estava tão autocentrado em si mesmo enquanto Annajane sofria com sua auto-estima e o fato de acreditar que estava sendo traída que nem o amor foi suficiente para fazê-los durar. Desde então eles tentam acreditar que o sentimento que existia entre eles ficou para o passado, mas não é bem assim.

Preciso parar de fugir, preciso pensar no que quero para mim e para minha vida.

Mary Kay Andrews foi muito feliz enquanto construía um cenário tão pitoresco e sulista como Passcoe. E mesmo o romance em si sendo interessante, para melhorar há um terceiro componente na história que faz o enredo pegar ainda mais fogo e eu lambia os beiços enquanto esperava a casa cair. Ai, barraco literário é tudo de bom! Confesso que há uns pontos bem sem sentido, dignos de novela mexicana, mas tudo bem porque draminhas assim vendem e o livro em si, com suas faltas e acertos, é viciante.

Apesar de narrado em terceira pessoa, é possível entender a história tanto do ponto de vista de Mason  quanto de Annajane, o que só adiciona pontos ao romance pois hora viamos um casamento onde o marido começou a acreditar que seus problemas eram maiores do que de sua companheira, e hora viamos que Mason realmente amou Annajane de seu próprio jeito e quando não sobrou mais nada Pokey se tornou a pessoa que ligava ambos (e mais tarde a filha de Mason) e não desistiu de ambos.

E Pokey é tão… Pokey! Aliás, que nome é esse? É maravilhoso e combina tanto com a personalidade cativante da garota e espelha bem como são os personagens em geral do livro: charmosos e irreverentes, desde amigos gays à sogras com complexo de grandeza.

Paixão de Primavera é um livro de quatrocentas páginas escrito para se ler em uma única tacada. Se você der uma oportunidade à ele, o romance vai fisgar você de tal forma que colocará seus braços a sua volta para não largar mais. Apesar de ser um chick-lit, a pegada do livro não é aquele humor de fazer chorar de rir, mas o enredo envolvendo amadurecimento e autodescoberta. De uma forma comedida, o livro é sexy, divertido e passa a rasteira em muito romance por aí.

Cinco anos. Tentei esquecê-la, mas não pude. Nada funcionou, ninguém podia substituir você.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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