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RESENHA NOVO CONCEITO | “O Bangolô” – Sarah Jio


Autora: Sarah Jio
Editora: Novo Conceito
Páginas:
320
Classificação:
3/5 estrelas

Em 1942, Anne Calloway está recém-formada em enfermagem e noiva de um perfeito cavalheiro. O que mais alguém poderia querer na vida? Para ela estava tudo perfeito até que sua melhor amiga, Kitty, começa a lhe abrir os olhos a respeito do amor e da paixão. E então ela começa a raciocinar: será que ela tem isso com seu noivo? Então, Anne decide viajar com Kitty para Bora Bora e trabalhar como enfermeira, ajudando a reparar os danos da segunda guerra mundial e, quem sabe, encontrando suas respostas.

Chegando lá, ela se vê em uma realidade totalmente diferente. Tudo era mais humilde e o fútil fica de lado para dar espaço a luta pela vida de outros. E então há os soldados na ilha, que não viam mulheres há meses. Então, imagine como eles se sentiram ao receberem várias enfermeiras. Inesperadamente, Anne conhece um soldado carinhoso e gentil chamado Westry e ambos descobrem um bangalô, o que acaba se tornando seu porto seguro. E quando não aguenta mais, ela se deixa levar pelo amor verdadeiro e a paixão que tanta ouvira falar. Mas, o que seria de seu noivado? E, após a guerra terminar, será que ela e Westry poderiam ficar juntos?

— Não acredito em contos de fadas, ou em cavaleiros com armaduras brilhantes. Acredito que o amor seja uma escolha. Conhece-se alguém. Gosta-se de alguém. Decide-se por amá-lo. Simples assim.

Quando vi O Bangalô pela primeira vez, definitivamente não foi a sua capa que me chamou atenção (ela é horrível), mas sim a sua linda sinopse. Eu achei bem interessante o enredo que a autora nos traz. E como o ano de 2016 parece estar sendo o ano dos livros tristes, não poderia deixar de lê-lo.

No primeiro momento, eu achei que esse livro poderia ser realmente muito bom. Começa com Anne já idosa, contando a sua história à sua neta. A narração é feita em primeira pessoa e flui facilmente. Logo você já está na metade do livro, sem nem perceber. Porém, o que dificultou a leitura foi a raiva que senti ao ler certos acontecimentos.

Nunca se pode desempenhar um papel na vida, especialmente no amor.

Anne é uma pessoa que quer apenas o básico da sua vida e nunca almejou nada além do que lhe foi dado. Mas quando decide ir além disso, ainda fica meio receosa até abrir os braços às novas oportunidades a sua frente – até ai tudo bem, isso é normal. Porém, o que me irritou muito foi a sua suposta melhor amiga. Desde quando chegam à ilha, Kitty só pensa em si mesma e esquece-se de Anne. Ela começa a tomar algumas atitudes que não entendemos bem (e só vamos chegar a isso ao fim da leitura).

Não se pode lutar contra o amor.

Sobre o romance, eu achei lindo sim, mas também fiquei nervosa com o desenrolar da história. Sarah Jio colocou tanto drama em certas partes que acabei esquecendo o brilho que a história possuía. O plano de fundo de O Bangolô é magnífico. Eu nunca havia parado para pensar em como seria o comportamento dos soldados durante as guerras, como eles agiriam com as enfermeiras e longe do mundo que deixaram para trás.

Veja bem, quando se compartilha o amor com alguém, mesmo que só por um tempo, ele sempre ficará em seu coração.

Enfim, O Bangolô é um livro que nos abre os olhos para uma nova realidade. Nos mostra que é importante vermos sob outros pontos de vista, que nem tudo é aquilo que apenas nos é dado. Entretanto, como havia dito acima, Sarah colocou um excesso de drama onde não era realmente necessário, e o que antes era um início primoroso mais tarde se tornou uma leitura amarga.


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Gabriela

"Nunca deixe os seus sonhos para trás".

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