Autor: Adam Blake
Editora: Novo Conceito
Páginas: 480
Classificação: 3/5 estrelas
Manuscritos do Mar Morto é o primeiro volume da saga Leo Tillman & Heather. O maior atrativo do livro são revelações que prometem deixar todos surpresos, tais como temas bíblicos envolvendo, por exemplo, Judas na verdade não ter traído Jesus. Por não gostar de livros que abordem tais temas, eu já iniciei a obra com certo preconceito. E Adam Blake não conseguiu me convencer do contrário…
Leo Tillman, certo dia, chegou a sua casa e a encontrou vazia – sua mulher e filhas o haviam abandonado. Treze anos depois, ele ainda continua procurando por elas e pelo responsável por isso. Leo acredita que o culpado seja Michael Brand, visto que foi a última pessoa que sua esposa encontrou antes de fugir.
O sargento Heather Kennedy está investigando a morte do professor Barlow, que na verdade foi um assassinato. Ela descobre que ele estava em um grupo onde estavam fazendo a tradução do códice de Rum – partes da Bíblia que não estão nela. O professor queria fazer a tradução e, dessa forma, provar o que mostram os relatos desse códice, que na verdade Judas não traiu Jesus. Kennedy e seu parceiro descobre que a morte dele está ligada com outras mortes de pessoas do mesmo grupo. E em todas ela encontra um suspeito: Michael Brand.
Tillman e Kennedy estão procurando pela mesma pessoa, o que faz ambos se encontrar e virarem parceiros – o que promete muitas cenas de ação e de tirar o fôlego!
Minha maior habilidade, pensou, meu maior dom, é o amor. Você não pode derrotar um inimigo sem conhecê-lo, e não pode conhecê-lo sem amá-lo, sem deixar que sua mente trabalhe em silenciosa simpatia com a dele. Uma vez que essa tarefa hercúlea seja cumprida, você estará sempre à frente dele , e sem esforço, capaz de armar uma emboscada em todos os caminho da vida dele.
Adam Blake, a meu ver, cometeu erros e acertos. Vou começar pelos erros: Primeiramente, o mistério principal, que era o códice de rum e o mistério sobre a morte de Jesus, poderia ter sido mais explorado e explicado. Da forma como foi escrito, ficou meio sem sentido e simplesmente não pegou; Além disso, Blake fez uma narrativa um tanto cansativa, com detalhes desnecessários e a dificuldade em identificar qual personagem está narrando, o que acaba desmotivando os leitores a continuarem a leitura
Agora a parte boa, o ponto positivo: Eu gostei muito da mistura entre o thriller policial e investigativo. O sargento Kennedy e Tillman fazem uma ótima dupla! Foram várias as cenas de ações com os dois o que deu uma acelerada na narrativa e um ânimo para o livro. Esse era outro ponto que o autor também poderia ter explorado mais: o envolvimento de ambos personagens.
Como eu disse no início da resenha, esse é o primeiro livro de uma série, e pensando bem eu não sei aonde o autor chegará com os próximos livros. Se ele for atrás de mais temas bíblicos, acredito que não decolará. Porém, ele pode tentar explorar mais a dupla de personagens que comentei acima. No entanto, de uma forma ou outra, não darei outra chance ao autor e não acompanharei a série. Mas, eu indico para todos que gostam de tramas como O Código da Vinci.
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