Editora: Literata
Páginas: 447
Classificação: 2/5 estrelas
Sabe quando você começa a ler um livro onde vê várias resenhas positivas e decide se jogar na leitura esperando algo maravilhoso, inovador? Pois bem, foi assim com Batom Vermelho, em parte. Eu realmente me joguei na leitura, só faltou ser maravilhoso.
No livro, seguimos a história de Mel, nossa protagonista ruiva e gostosona, independente, que tenta não criar laços após tudo que sofreu com sua família. Apesar de nascer em berço de ouro, sua mãe era uma alcoólatra, além de sofrer um dano psicológico forte nas mãos de seu pai. Com tudo o que passou, Mel tornou-se uma mulher vaidosa, com uma afinidade para o batom vermelho e sexo desenfreado — até porque, ela não acredita ser merecedora do amor.
Quando começa a trabalhar como recepcionista, ela conhece o sedutor Richard, que está noivo — mas o pior problema ainda não é esse. O que não é o fim do mundo, afinal ela logo encontra Juan, um homem que conhece através de sua amiga Carla e está disposto a realizar suas maiores fantasia. E, talvez, até mesmo fazer Mel esquecer sua quedinha por Richard.
Com essa ótima premissa, vamos conhecendo pouco a pouco cada personagem, com Mel precisando lidar com seus sentimentos por dois caras completamente diferentes um do outro, e sempre com o apoio de sua nova amiga, Carla, e seu namorado, Tiago. Mas, mesmo um “plot” tão bom não salva um livro quando o mesmo é mal conduzido.
Primeiro, Mel vive uma vida insana, a mulher é uma ninfeta, e essa peculiaridade chega a assustar. Já todos os outros bons elementos da obra foram sobrepujados pela evolução precária da historia, e mesmo os trechos bem humorados pouco adiantaram para fazer Batom Vermelho desbrochar.
Apesar de ter pouco a criticar em relação a diagramação — o livro realmente é lindo por fora-, o romance de Vanessa de Cássia andou por uma linha bamba, ora com situações beirando ao ridículo, e ora com trechos que deixavam a sensação de que ainda era possível que toda a trama vingasse. Mas, sinceramente? Não vinga.
Por Gabrielle e Danielle Alves.
Eu ainda não Batom Vermelho, mas li um e-book da autora chamado Sugar, e a sensação que tive ao termino, foi a mesma que você citou neste livro, uma trama que tinha boa pegada, mas que a autora não soube conduzir e explorar adequadamente.
Beijos.