Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Classificação: 5/5 estrelas
Louisa Clark é uma garota de vinte e seis anos que ainda não sabe muito bem o que irá fazer de seu futuro. E ela não se apercebe disso até que a cafeteria onde trabalha como garçonete fecha. Lou se vê em uma situação desesperadora, afinal, ela precisa trabalhar para ajudar financeiramente em casa, mas, ela não sabe exatamente do que. Quando vai até uma agência de empregos, descobre o “emprego perfeito” – onde ganhará muito bem e não terá de fazer muita coisa além de ser cuidadora de um tetraplégico, Will Traynor.
Will amava viver. Ele tinha um emprego que amava, fazia loucuras, se arriscava, namorava e não precisava de mais nada para aumentar sua felicidade. Ao sofrer um acidente, Will acredita ter perdido tudo e se vê aos 35 anos de idade preso a uma cadeira e dependente de outros. Ele realmente não tem mais nada para viver e perde toda a alegria que tinha, restando apenas uma versão mal humorada do seu antigo “eu”.
Algumas coisas não podem se prever na vida. E uma delas é como um até então desconhecido pode mudar tão drasticamente o que você acredita em poucos meses. Lou e Will não tiveram um bom começo, mas, aos poucos eles foram se acostumando com a presença um do outro e construindo uma amizade que os levou a um sentimento maior e que os deixaram em uma situação um tanto complicada.
Ser atirada para dentro de uma vida totalmente diferente – ou, pelo menos, jogada com tanta força na vida de outra pessoa a ponto de parecer bater com a cara na janela dela – obriga a repensar sua ideia a respeito de quem você é. Ou sobre como os outros o veem.
Esse foi meu primeiro livro de Jojo Moyes e, eu devo dizer que comecei com o pé direito. Amei a escrita da autora. A narração feita em primeira pessoa por Lou é repleta de sentimentos e detalhes, e a autora complementou com alguns capítulos narrados pela mãe, pai e o fisioterapeuta de Will, além de um pela irmã mais nova de Lou. Com isso, tivemos uma visão geral da história com as narrações feitas em medida certa.
Como eu era antes de você me deixou com a pulga atrás da orelha a partir da metade do livro em diante, onde eu não sabia como seria o final e eu estava desesperada para descobrir. Eu precisava saber se o motivo de todos viverem chorando e destacando o quão emocionante esse livro é, era devido ao final que eu imaginava que acontecesse. E isso fez com que eu não conseguisse largar o livro até terminá-lo. Obviamente não contarei qual foi a minha surpresa ao terminá-lo, mas, como todos os outros, terminei em lágrimas.
Onde há vida, há esperança, não é assim?
Lou é uma personagem carismática, é difícil não gostar dela. Por alguns momentos fiquei incrédula pensando se ela não descobriria logo o que estava na frente dos seus olhos. Mas, tirando isso, a amei do início ao fim. Foi incrível ver o seu desenvolvimento durante o tempo que se passa na narrativa. De como ela não sabia o que faria da sua vida, presa com aquele namorado horrível, a uma pessoa persistente, decidida e que busca os seus sonhos.
Já Will é alguém que facilmente poderíamos julgar. Dizer que suas atitudes e pensamentos são errados e que ele jamais deveria pensar mal de si mesmo. Mas como podemos fazer isso se nunca passamos por isso? Então, às vezes, eu ou você na mesma situação a dele poderíamos agir do mesmo modo ou completamente diferente. Nunca saberemos. Talvez ele pudesse ser menos egoísta e levar em questão os sentimentos dos que estão a sua volta ou talvez todos que estão a sua volta pudessem ser menos egoísta e levar em consideração os sentimentos de Will.
Como eu era antes de você é um livro que desafia todos os clichês. É uma leitura que eu jamais vou superar e acredito que ninguém conseguirá. E depois de terminá-lo posso dizer com meu coração na mão e lágrimas nos olhos que eu amei essa obra.
Se ele amar, sentirá que pode seguir em frente. Sem amor, eu já teria afundado várias vezes.
Amei do início ao fim. Jamais vou superar a emoção que senti ao termina-lo de ler. Muito mais muito lindo. Só de pensar nele da um nó na garganta e vontade de chorar. Sei que irei ler novamente e novamente irei chorar muuuito.