Editora: Guarda-chuva
Páginas: 352
Classificação: 3.5/5 estrelas
“Nunca pensei que seria trouxa, mas fui trouxa,” é com essa frase que começo minha saga pela nova série da minha amada Ally Carter, autora de Garotas Gallagher e Ladrões de Elite.
Seguindo a linha de seus outros romances, Em Queda Livre é um juvenil que envolve muito suspense e segredos e segue Grace, uma garota destemida e filha do exército, neta do provavelmente mais poderoso embaixador do mundo, e Grace passou cada verão de sua infância correndo pelas ruas das embaixadas de Adria até que um terrível acidente coloca a garota longe do país.
Agora, aos dezesseis anos, ela voltou para ficar e tem um objetivo em mente: provar que sua mãe foi assassinada e colocar fim ao mistério de sua morte. O que Grace não sabe é que ela não está preparada para a verdade.
Preciso que alguém me escute! Preciso que alguém acredite em mim.
Bom, mais uma vez encontramos uma protagonista da autora repleta de qualidades, dentre elas a mais forte sendo a coragem. Grace está disposta a tudo para atingir seu objetivo e fazer o assassino de sua mãe pagar, e quando você já perdeu tudo não há muito mais o que temer — a não ser o passado.
Só que a garota é vista por muitos como instável e ela deixou de tentar contar a verdade quando ninguém mais se prestou a ouvir e decidiu dessa vez mostrar, e ao lado de novos amigos, que fazem toda a história um pouco mais divertida, ainda que por trás dessa camada haja algo escuro e nada engraçado de descobrir, uma trama começa a ser formada.
Não vou dar às minhas lágrimas permissão para caírem. Não mais.
Infelizmente, nesse jogo de pagar para ver, a moeda é o sangue e a sanidade de Grace e a nossa também. Toda a situação é opressora e fica difícil se situar quando quem narra está tão perdido quanto nós.
E ao terminar o livro, e entender onde a autora quis chegar, posso destacar que Ally Carter se arriscou muito com essa nova série, que ganhou o titulo de Segredos Diplomáticos (e haja segredos viu!). Foi um jogo de gato e rato e nós, leitores, somos a presa. E com toda a angustia e raiva, foi impossível não criar uma relação de amor e ódio com Em Queda Livre. Ao mesmo tempo que anseio pela sequência, quero nunca ter lido o primeiro livro. Eu cai, é verdade, mas não foi uma queda agradável.
É hora de sobreviver. Minha mãe ia querer que eu sobrevivesse.
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