Editora: Galera Record
Páginas: 384
Classificação: 1,5/5 estrelas
É inegável que vários leitores leia-se eu compram alguns livros pela própria capa, no caso desse livro a capa é maravilhosa e, ao ler a sinopse, a premissa parecia realmente incrível, o que fez eu criar tantas expectativas para essa leitura e esse tornou-se meu primeiro erro. Assim que li os primeiros capítulos, pude ter a certeza de quão enganado eu estava. Frustração provavelmente descreve essa leitura.
Durante um experimento do CERN, a população mundial fica inconsciente por 137 segundos e durante esse período as pessoas acabam tendo visões do futuro. Algumas não tiveram visões e outras estavam vendo algo muito psicodélico e a grande maioria viu algo que perturbou o presente. Ok, até aqui é ótimo, a premissa é original e atrativa, mas vamos ao primeiro problema do livro: não há foco. Simplesmente o autor prefere contar tudo o que acontece com todo mundo, ao invés de focar somente em uma história. Acompanhamos a história de mais ou menos dez personagens, alguns são histórias isoladas e outras são do começo ao final do livro.
Nós somos cientistas, Lloyd… Deveríamos ser o bastião definitivo do pensamento racional, de provas verificáveis, reproduzíveis, irrefutáveis — e, no entanto, somos nosso maior inimigo.
Um cara que sabe que estará morto em um futuro próximo, um casal de namorados que sabem que seu casamento irá acabar, um romancista que no futuro não alcançará sucesso e se tornará um garçom. O autor criou algumas histórias com um bom potencial, mas foram poucos explorados devido a quantidade de histórias que acompanhamos e preciso dizer que cheguei ao final do livro sem ainda assimilar os personagens com seus nomes e histórias, confundindo-os.
FÍSICA, FÍSICA, FÍSICA, FÍSICA. Por ser um livro de ficção científica, já esperamos que tenha algumas explicações e algumas teorias, mas em Flash Forward são tantas que só tornam o livro TÃO confuso e criou uma complexidade muito grande, que muitas vezes as explicações acabaram me dando sono ou me peguei devaneando por outros assuntos. A leitura desse livro se tornou algo mecânico.
Mesmo sabendo que o futuro era mutável, ainda assim fora dominado pelo medo de que não pudesse sobrepujar o destino.
E quando finalmente chega a terceira parte do livro, que se passa no ano que as visões mostraram, o futuro parece algo tão distante. As visões se passavam em um intervalo de mais ou menos 20 anos entre o presente e as visões, mas o mundo evoluiu tanto nesse período que às vezes essas mudanças pareciam MUITO forçadas.
E mesmo com uma experiência tão negativa,, o que me fez não abandonar a leitura foi esperar algo melhor, um final que mudasse meu conceito sobre esse livro, mas mais uma vez eu estava redondamente enganado. Foi tão decepcionante o final, tão confuso — assim como todo o resto — que me fez diminuir ainda mais a nota, ficando assim com uma estrela por consideração com o autor que já recebeu até alguns prêmios.
Em suma, a ideia central do livro é incrível mas o autor acaba se perdendo na própria história e desenvolvendo muito pouco as histórias dos personagens criados. Minha dica é: se você é um amante de ficção científica, talvez a leitura desse livro funcione melhor para você do que para mim.
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