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RESENHA ARQUEIRO | “Tigana” – Guy Gavriel Kay


Autor: Guy Gavriel Kay
Editora: Arqueiro
Páginas:
368
Classificação:
3/5 estrelas

Tigana, de Guy Gavriel Kay, é o primeiro livro de uma duologia que propõe uma aventura cheia de camadas para o leitor desvendar. Antes publicado pela Saída de Emergência, o título agora faz parte da Arqueiro, editora do Grupo Sextante.

O fundo principal da história se baseia em sentimentos como o amor e o ódio extremos, a defesa dos valores e origens enraizadas dos personagens, retratando de forma bela e crua a busca de seus personagens pela vingança em nome de “Tigana”, que após sua derrota sumiu do mapa e apenas seus antigos habitantes lembram de sua existência e nome.

Aquilo durou desde aquela primeira noite por toda a primavera, e durante o começo do verão. O pecado dos deuses, como era chamado o que fizeram.

Temos um elenco enorme de personagens marcando presença no decorrer da história (aliás, ponto em comum entre a maioria das obras de fantasia). Apesar de o protagonismo ser partilhado entre o Príncipe Alessan e várias outras personalidades, ainda assim o enredo parece tender a girar em torno principalmente de Devin, personagem esse que tem um desenvolvimento imenso, deixando a imagem de garoto para trás e tomando a postura de um verdadeiro homem.

Tigana começou muito bem, uma leitura incrível. Quando cheguei a centésima página já tinha como garantido que se tornaria o meu livro de fantasia preferido, mas infelizmente não foi o que aconteceu. O desenvolvimento seguiu por um caminho muito bem delineado até certo ponto, mas ao chegar a segunda parte para inserir uma camada nova que viria a acrescentar a história, senti que o enredo desandou. Perdi o pique para a leitura, conseguindo recuperar apenas já quase no fim.

…alguns homens devem fazer escolhas por aqueles que não podem fazê-las, seja por falta de vontade ou de poder…

A narrativa é detalhista, mas não soa cansativa porque o autor consegue fisgar seu leitor de forma bem segura na maior parte do tempo mesmo com a beleza característica de sua forma de escrever. Mesmo desanimando com alguns pontos como disse anteriormente, a ansiedade de saber o que viria depois prevaleceu diante a monotonia dessa parte em si.

Se você é fã de literatura fantástica, ou quer conhecer algo do gênero mas tem “medo” da quantidade de páginas que tais livros geralmente possui, Tigana é a pedida por ser uma boa história e que não é muito extensa.

Não existem caminhos errados. Apenas caminhos que você não sabia que teria de percorrer.


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Valdesson

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