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‘O Diário de Anne Frank’ ganha versão em quadrinhos


Setenta anos após a publicação de O Diário de Anne Frank um novo livro foi apresentado em Paris na quinta-feira (7). O gibi será lançado em 50 países, dentre eles o Brasil onde será distribuído a partir de 2 de outubro pela editora Record.

A adaptação foi feita por dois israelenses, o ilustrador David Polonsky e o cineasta Ari Folman. A dupla já havia trabalhado junta no filme “Valsa com Bashir” (2008), sobre a guerra no Líbano.

Coincidência. ou não, Folman, um filho de sobreviventes do Holocausto, teve a grande oportunidade de trabalhar junto e relatar um pouco dessa grande história de Anne Frank.

A dupla inicialmente rejeitou a oferta de trabalhar com o clássico de Anne Frank, a partir do qual tantos outros produtos culturais já tinham sido lançados, como filmes, mangás e até mesmo músicas, mais tarde Polonsky e Folman acabaram sendo convencidos pela importância da obra, que trouxe à tona uma realidade até em tão pouco conhecida pelo mundo.

Estima-se que 6 milhões de judeus tenham sido mortos nos campos de concentração, Anne Frank viveu essa história de 1942 a 1944, escondida com a família no anexo de um apartamento em Amsterdã, confidenciando a um diário ao qual chamava de Kitty. Estão ali os detalhes banais de seu cotidiano, como as brigas com a irmã, mas o livro registra também as angústias de uma garota vivendo a violência do nazismo.

Sua família foi capturada em 1944, e ela morreu em abril de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, Alemanha.

O texto foi descoberto, editado e lançado em 1947 por Otto, seu pai e único sobrevivente da família, que criou uma fundação com o nome da filha. Ativa ainda hoje, a fundação aprovou a adaptação do diário aos quadrinhos. Em outras ocasiões, a entidade recusou sua chancela por preocupação com a fidelidade histórica de novas versões.

Não são abundantes as boas adaptações literárias para gibis, e neste caso havia o agravante de se tratar de um diário, formato pouco visual. Mas a HQ de “Diário de Anne Frank” faz jus ao original.

O texto foi reduzido pelos artistas israelenses e transformado em ilustrações, mas não perdeu o frescor da perspectiva de uma criança —ela tinha 15 anos ao morrer.


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Renan Lopes

" Nós lemos para saber que não estamos sozinhos " C.S Lewis

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