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[NOTÍCIA DE LIVROS] Lois Lowry fala sobre o fim de “O Doador”


Há quase dez anos, Lois Lowry publicou O Doador – no Brasil em 2009 pela Sextante -, um romance distópico, e apesar dos outros livros lançados pela autora foi esse que trouxe maior impacto em sua carreira. E em outubro, Son, quarto e último volume da saga finalmente chega às livrarias americanas. Mas será realmente o fim? Pelo telefone ao LA Times, a autora diz: “Parte da minha resposta,” brinca, “é que tenho 75 anos. Mas vejo O Doador como uma saga completa.”

Confira o restante da entrevista (algumas frases tiveram sua tradução adaptada):

Você pensava em O Doador como primeiro livro de uma saga?
Não, eu não imaginava. É interessante que hoje muitos livros são publicados como primeiros de uma saga. Nunca me ocorreu. Embora O Doador tenha um final incerto. Ouvi isso de vários leitores ao longo dos anos.

Foi essa ambiguidade que fez você querer ficar com a história? Para esclarecê-la?
Não foi tão simples. Foi algo subliminar. Quando você senta todo dia e lê 40, 50, 60 emails, e 25% deles indicam a mesma coisa… bem, eu escutei. Gathering Blue (segundo livro da saga) foi um livro a parte. Eu queria explorar como a sociedade pode ser após uma catástrofe mundial. Só no fim percebi que poderia fazer a conexão com O Doador. O terceiro livro, desde o início, foi ligado aos outros dois. Realmente pensei que seria o fim da saga. Trilogia soa agradável, e eu consigo ver isso como uma pequena saga.

Você escreveu muitos livros de diferentes temas. Number the Stars é histórico, por exemplo.
Para mim, é chato escrever o mesmo livro de novo e novamente. Talvez seja por isso que demorei tanto para terminar essa saga, por que eu não escrevo esses quatro livros seguidos um do outro. Eu me mantive aborrecida tentando algo novo.

Seus livros foram notados por suas mensagens.
Eu não escrevo com um ponto de vista político. Não há conotação religiosa. Olhando para trás para meus livros, eu posso dizer, “Oh, sim, está lá.” Mas isso não está em minha mente quando escrevo.
O que vem para mim é sempre um personagem, uma cena, um momento. Isso será o começo. Então, quando escrevo, começo a perceber um fim. Eu começo a ver um destino, embora isso às vezes mude. E depois, claro, há toda a parte do meio sendo confeccionada.

Qual seu próximo projeto?
Estou terminando um livro em minha saga para jovens leitores, Gooney Bird. Mas já tem outra coisa vindo à mim. Eu comecei a escrever. Eu acho que tem algo aí.


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Gabrielle

"Guerra é Paz. Liberdade é Escravidão: Ignorância é Força"

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