Autora: Amy Harmon
Editora: Verus Editora
Páginas: 485
Todo mundo lembra ou já ouviu falar do ataque de 11 de setembro, certo? Ambrose Young viveu ele. Não, ele não estava nas torres ou era bombeiro, ele viu tudo pela televisão. Porém, a situação o fez entrar no exército e ir para a guerra do Iraque. Ele vai com o grupo de amigos… e volta sozinho. Com o rosto parcialmente desfigurado e a alma ferida, voltar para a cidadezinha onde morava pode ser mais difícil do que imagina.
Fern Taylor tinha uma paixonite por Ambrose desde os tempos de escola, mas por ele ser o “cara mais bonito e popular”, nunca teve uma chance com ele. Ela não vê o fato dele voltar “diferente” como uma oportunidade, não, ela é uma das únicas pessoas da cidade que continuam vendo-o como o cara que ele é, um humano normal. E daí nasce aquele sentimento lindo, que a gente tanto adora.
Eu desejei esse livro por algum tempo, antes de finalmente ganhá-lo no meu aniversário de três anos atrás. Enrolei para ler, e quando peguei semanas depois, fiquei me perguntando “por que não li antes?”. É uma história do tipo A Bela e a Fera, só que sem a magia da Disney e com toda a magia da Amy Harmon. Não é uma história perfeita e pela sinopse a gente percebe isso. Temos um personagem ferido e traumatizado em cena, e uma garota supostamente “normal”, que tem um melhor amigo cadeirante e trabalha em um mercado local. Ordinária? De jeito nenhum.
À medida que vamos conhecendo a Fern vamos vendo que ela não é só uma simples garota, que ela é muito mais do que uma nerd rejeitada pelo bonitão da escola e que é muito, muito especial mesmo.
O Ambrose também é uma caixinha de surpresas. Sim gente, um gigante ferido e traumatizado pela guerra pode se apaixonar e viver um amor saudável e bonito. Ele tem seus momentos de raiva, mas é raiva dele mesmo. Tem uma cena do capítulo 19 em que isso fica bem claro, já que, ao ver a Fern com raiva de uma mulher que o insultou, ele é quem tenta acalma-la. Mas não se enganem, as cicatrizes da guerra são tanto externas quanto internas. A diferença entre elas é que ele se incomoda mais com as primeiras. +++
“Você age como se a beleza fosse a única coisa que faz as pessoas serem dignas de amor. — Fern retrucou — Eu não te am-amava só porque você era bonito! — ela disse a palavra com A bem alto, embora tivesse tropeçado nela.” Página 181
Beleza não é tudo, e ele teve que lidar com essa ideia na marra. Deve ser horrível não gostar do que vê no espelho, mas deve ser maravilhoso descobrir que sua beleza interior é capaz de fazer alguém que te amar independente da sua aparência.
O livro também traz uma amizade linda e pura, que faz a gente sorrir e amar e chorar pela força deste amor de amigos. E como choramos…
Cara, o que posso dizer mais desse livro? É uma história de amor única, que vai te prender nela até a última página. Definitivamente. Peguem lencinhos, se ajeitem e aproveitem a leitura!
Se eu colocasse um nível de estrelas para cada livro, Beleza Perdida receberia 1000 onde a nota máxima é 10. Recomendo esse livro para todo mundo, homens, mulheres, jovens, idosos, todos que querem ler como o amor é
Tenho a Amy Harmon como inspiração da minha vida, quero ser como ela quando crescer. Tocar as pessoas dessa maneira… é muito especial.
Leiam, leiam, leiam! E depois me digam o que acharam 😉
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