Editora: Arqueiro
Páginas: 816
Classificação: 5/5 estrelas
Eu concordo com a editora Sextante quando a mesma afirma que A Passagem é o maior fenômeno editorial do ano de 2010. Apesar dos vários outros livros maravilhosos da editora e seus selos, Cronin se destacou ao ponto de ser um de meus autores favoritos para toda a vida.
O livro é imenso, o que pode assustar um pouco os futuros leitores que não sabem que todas essas páginas contem uma história fantástica que jamais cai na mesmice. É difícil explicar em qual ponto eu comecei a me apaixonar por toda a trama, o que foi decisivo. Provavelmente a partir da primeira palavra lida porque simplesmente era para ser. Livros assim tem uma aura ao redor de si que transpiram talento e quando o li pela primeira vez pensei “esse vai ser épico,” e foi.
A história gira em torno de um grupo de pessoas que se unem após a queda da sociedade com um experimento que ocasionou na criação de um vírus que arrastou tudo com ele, famílias foram destruídas e o que sobrou foram alguns sobreviventes e um novo tipo de ser, algo similar aos vampiros dos contos.
Às vezes a coragem era encontrada nos lugares mais estranhos.
Agora em uma realidade distópica, os sobreviventes lutam por uma oportunidade para descobrir como acabar com esses novos monstros, mas toda a real esperança está em uma garotinha que estava no experimento inicial e sobreviveu para contar a história. Suspense, amizade e amor se mesclam nessa história inesquecível, marcando Justin Cronin como um dos mestres da literatura distópica da atualidade.
Sem me estender muito para não estragar a surpresa, meu maior conselho é que leiam esse livro para que possa compreender o quão longe ele vai para surpreender entre tantas distopias que saturaram o mercado editorial nos últimos anos. Comparado bastante com a franquia Resident Evil e elogiado até mesmo por Stephen King, o livro gira em torno do sacrifício de transformar uma garotinha em uma futura esperança para a humanidade assim como também foca em vários outros personagens, alguns perdidos e alguns outros cheios de fé e coragem.
A Passagem é um livro para ser devorado não só uma como várias vezes, é aquele tipo de história que te acompanha pela vida inteira e mostra como o ser humano é capaz de se adaptar e evoluir mas só segue em frente quem tem esperança. Sinto que um rolo compressor passa pelo meu coração toda vez que leio esse livro, e é difícil explicar mas é como se ele possuísse algo além das palavras e do poder contido nelas. É uma sensação maluca, e espero, torço, para que você que está lendo essa resenha se sinta curioso o suficiente para ir atrás e também sentir quão maravilhosa e única é essa história. Não é um livro para um gênero especifico, não é para quem gosta de distopia, ou suspense, ou romances com um teor religioso. Se for para definir, A Passagem foi escrito para quem gosta de ler.
– Você precisa dizer se está falando sério.
– Como é, dona?
– O que você escreveu no cartaz, o que você disse: “Deus o abençoe.” Ouvi você dizer isso. Porque o negócio é que não me sinto abençoada, Anthony. Não é estranho? Eu deveria me sentir abençoada, mas não me sinto. Eu me sinto péssima. Eu me sinto péssima o tempo todo.
Olá Gabrielle! Acabei de ler sua resenha do livro A Passagem. Eu li esse livro há muito tempo e definitivamente é meu preferido pra toda vida! Parabéns pela resenha, me identifiquei em cada trechinho e foi muito bom encontrar alguém que compartilha do mesmo carinho por esse livro…realmente faltam palavras.