Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Classificação: 3.5/5 estrelas
Nunca é tarde para voltar atrás e morder a língua e foi exatamente isso que aconteceu durante a leitura de A Prometida. O novo livro de Kiera Cass mal saiu em terras americanas e há muitas resenhas negativas sobre o livro, provavelmente a maioria dela de pessoas que gostaram de A Seleção, grande sucesso da autora, mas eu não sou tão fã assim de A Seleção, e se for para falar bem ou falar mal, prefiro fazer isso com propriedade e eu mesmo ler o livro e tirar minhas próprias conclusões. Foi isso que fiz com A Prometida. Minha conclusão? Gostei mais do que A Seleção.
Venha, doce Hollis, vamos enfrentar a loucura.
O livro faz parte de uma duologia e a trama gira em torno de Hollis Brite, uma filha da nobreza que conquistou o coração do rei. Mas Hollis logo percebe que se apaixonar por um rei e ser coroada rainha pode não ser o feliz para sempre que ela sonhou. E quando ela encontra um plebeu com o poder de ver diretamente o que há em seu coração, ela descobre que o futuro que ela quer é aquele que ela nunca pensou em imaginar.
Gosta de rir, mas descobriu a tristeza.
De cara eu já consigo apontar o que pode incomodar a muitos nesse livro: sua superficialidade, que dura até a metade do livro (e um pouco mais). Não há desenvolvimento algum da paixão de Hollis pelo rei e o mesmo se repete quando aparece um terceiro elemento para compor um possível triângulo amoroso: Hollis pisca e já se encontra apaixonada. E assim fica difícil né, Kiera?! Mas, graças a Deusa, esse livro vai além do romance.
Queria encontrar alegria em tudo, e é difícil fazer isso permanecendo sentada e calada o tempo todo.
Enquanto você lê cem páginas do livro e parece que nada acontece e é desenvolvido para rolar aquele laço com a personagem, de pano de fundo temos a melhor amiga de Hollis e seus pais, que não são os personagens mais queridos da trama, mas jogam uma faísca que atiça a curiosidade — ainda que não role um elo e você não sofra e se emocione com a protagonista até mais do que a metade do livro, é uma escrita que instiga, te faz curiosa pra ver o que vai rolar. E sim, meus queridos, “a jiripoca vai piar“.
Ele age como se o mundo o tivesse ofendido profundamente, e passa cada minuto da vida tentando se vingar.
É claro que eu não vou revelar o que acontece para que minha visão desse livro e de Hollis mudasse completamente, mas já adianto que o reinado vizinho está cheio de pólvora e Hollis pode ser o detonador para uma grande guerra — ou isso espero! Hollis é uma prometida, mas a interpretação desse título vai muito além da coroa, a personagem tem muito potencial, seu jeito de se unir a mulheres foi ímpar, e o laço demorou para se formar, mas agora eu vivo e respiro essa garota. Sofri com ela, vibrei, e agora espero a vingança.
Não tenho medo.
No próximo livro vamos descobrir se nossa protagonista será um enfeite do trono ou uma guerreira, e eu torço muito pelo último. Por fim, só posso finalizar essa resenha com a seguinte frase: que comece o matriarcado!
Terei voz nas escolhas da minha própria vida.
(sim, eu enchi essa resenha de frases do livro, to viciada!)
Amei! Estou super ansiosa para comprar o livro , mesmo que eu tenha que estudar pra isso…
Quando vi que sairia um livro novo de Kiera Cass eu enlouqueci para comprá-lo, principalmente depois de ler A Sereia. Concordo com muitas coisas que você disse e confesso que fiquei meio decepcionada com o livro num todo. Acho que foi tudo meio “raso”. Queria ter visto a construção desse relacionamento entre Holly e Silas, o aflorar desse sentimento. Quando li sobre o primeiro beijo deles eu tive que voltar e ler novamente, pois foi muito… vago? Não consigo encontrar um adjetivo que descreva, sinceramente.
Acho que devia ter tido em desenvolvimento mais elaborado, queremos sentir o que os personagens sentiam.
A família de Silas é maravilhosa, todos muito fofos, carinhosos, fiquei apaixonada por eles. Mas podiam ter aprofundado mais. A amizade dela com Delia Grace também podia ter sido mais explorada, fiquei um pouco surpresa com as revelações das verdadeiras intenções dela. Apesar de não confiar muito nela desde o início. Assim como a “amizade” de Holly e Nora, que surgiu de repente.
Eu não consegui sequer imaginar a imagem de Jameson, de tão simples que tudo foi.
Acredito que a amizade com Valentina será mais explorado no segundo livro, assim espero.
O final me deixou chocada, não queria acreditar em tudo que aconteceu. Não quero acreditar ainda, pois Silas merecia ter sido mais… apresentado, explorado, considerado.
Enfim, o livro foi bom, uma leitura muito gostosa, como Kiera sempre faz. Mas mesmo assim, foi meio fraco. Não me agradou tanto quanto eu esperava.