A aguardada Batalha de Winterfell finalmente aconteceu! Não é exagero dizer que muitos tremeram em expectativa pelo terceiro episódio da última temporada de Game of Thrones. Mas, vocês precisam me perdoar porque eu preciso dizer o que muitos podem até não querer admitir: poderia ter sido melhor. Foi emocionante? Foi sim! Gritei? Urrei, assim como muitos outros fãs, entretanto a decepção também fez parte dessa aventura.
Iniciamos o episódio com todos os personagens do lado de Winterfell ansiosos (e apavorados!) com os White Walkers que caminham em direção a muralha. Todavia, a primeira a chegar até o exército não é outra se não a maravilhosa (pelo menos nesse episódio hahaha) Melisandre, que concede aos Dothraki poder em fogo para enfrentar os zumbis de gelo (desculpa, mas foi impossível não pensar em Amanhecer dos Mortos ou Walking Dead enquanto assistia as batalhas), e é esse evento que desencadeia a batalha e faz o telespectador acreditar que a maior batalha da televisão estava para acontecer.
Infelizmente, não dá para dizer que a grande batalha realmente aconteceu. Muitos disseram que essa seria a mais cara batalha filmada para a televisão jamais vista, e sinto dizer aos produtores que ninguém viu nada mesmo porque a edição levou um pouco a sério demais a palavra “sombrio” e natural. A edição seguiu um caminho ruim, com cenas escuras que mesmo uma tv em smartTV HD pouco conseguiu mostrar nas sequência de eventos que se seguiram. Provavelmente sequer uma equipamento produzido pelo maior inventor de todos os tempos, Tony Stark, poderia transmitir a Batalha de Winterfell em boa qualidade porque, queridos, o problema não estava no equipamento e sim no material que a HBO resolveu transmitir. Eles erraram e erraram feio.
Claro que ainda há ótimos momentos durante todo o episódio. Mesmo o lado escuro da força não nos impediu de estremecer com a horda dos Dothraki avançando contra os White Walkers acompanhados de Ghost e então o fogo que deveria virar o jogo a favor deles apagando-se pouco a pouco. Sério, ninguém precisou ver nada para se borrar de medo nessa cena. E a falta de iluminação nas cenas que se seguem intensificam ainda mais a emoção do momento e o que se segue é a destruição do exército reunido por Jon Snow, Daenerys e aliados. Então sim, a escuridão fez todo sentido naquele momento, o exagero é que não fez sentido algum.
E não só as cenas turvas podemos criticar quando as próximas cenas acontecem. São tantas perspectivas e lutas ocorrendo que não é difícil ficar mais perdido do que Jon Snow durante alguns instantes nesse episódio. E ainda que seja confuso, é algo para relevar porque dar o desfecho para uma batalha aguardada durante anos em um único episódio com toda certeza é uma tarefa hercúlea, mas há um elefante no meio da sala que parece que muitos estão a ignorar: as batalhas foram assim tão emocionantes? Ninguém vai realmente comentar sobre como o enredo construído por George R R Martin desde o primeiro episódio de Game of Thrones perdeu força nos últimos episódios e muitas vezes parece que estamos encarando uma fanfic de uma saga épica?
Para quem não sabe, George R R Martin é o autor dos livros e decidiu não se envolver nas últimas temporadas de Game of Thrones por estar focado em outros projetos e na finalização do sexto livro de As Crônicas de Gelo e Fogo, Os Ventos do Inverno. Segundo o autor, ele sequer leu o roteiro da última temporada e a falta de participação dele no desfecho da série, meus amigos, fez toda a diferença porque faltou o toque de Martin para fazer essa batalha realmente acontecer.
E não, nem toda a escuridão do mundo vai poder apagar quão fraco foi o enredo desse terceiro episódio. Foram oito temporadas aguardando algo épico para acabar sem nenhuma morte emocionante desenvolvida de forma correta, sem o devido espaço para uma luta com um dragão que foi levado e uniu-se aos tenentes e o rei da noite, que simplesmente morre com uma facada na barrida. Sem contar outras ações sem sentido e a falta de união do exército de Winterfell (sério, qual é o sentido de sacrificar os Dothraki daquela forma, além de dar emoção?), não dá para entender o quão perdidos estavam os dragões, Jon Snow e Daenerys durante todo o combate — “You know nothing, Jon Snow,” nunca fez tanto sentido! Os personagens foram mal aproveitados, assim como as mortes da poderosa Lady Lyanna Mormont, uma “criança” que acaba com um gigante “whight”, e Berinc Dondarrion, esfaqueado após salvar Arya Stark.
No geral, foi uma batalha morna, com pontos altos que salvaram nosso final de domingo e mais uma vez foi o desfecho do episódio que impressionou e elevou o nível para o que muitos de nós esperávamos. Arya Stark, provavelmente se utilizando da habilidade de usar vários rostos, virou o jogo e provou que ela pode até ser uma ótima cortadora de gargantas, mas ela sabe destripar muito bem também e até pode ser “aquele que foi prometido”, o aguardado Azor Ahai.
Não há como dizer que o enfrentamento sangrento em Winterfell se equipara a Batalha dos Campos do Pelennor de O Senhor dos Anéis, e mencionar que essa foi uma grande batalha seria abusar um pouco da verdade, porém esse episódio talvez seja o toque que precisávamos para acordar e perceber que Game of Thrones é muito mais do que Jon Snow e Daenerys e seu romancezinho sem sentido…
achei isto tudo que a crítica falou,mas não dá pra esquecer que está série é diferente! Claro quê eu queria ver nitidamente todos os detalhes,mas não me decepcionei com o quê aconteceu! vamos aguardar e torcer sabendo que são milhões de espectadores ansiosos por ver tudo acontecer do jeito que a gente espera…