RESENHA | “Princesa de Papel” – Erin Watt

Princesa de Papel foi aquele tipo de livro que chamou minha atenção pela capa mas me ganhou mesmo foi pela sua sinopse, e ainda que minhas expectativas e a ideia que tinha do livro fossem completamente erróneas, no final ainda foi uma escolha que valeu meu tempo — e o sono perdido.

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Nossa protagonista é Elle, uma garota que sabe tudo sobre passar dificuldades e ter uma vida de merda. Uma otimista pragmática, ela passou os últimos anos tentando seu melhor para criar um futuro diferente para si, onde viajar de cidade em cidade em busca de um emprego e ser uma striper não fará mais parte de sua realidade.

E com a recente morte de sua mãe, estar sozinha só a faz dar mais duro, mas Elle não está tão só como imaginava; Elle tem um guardião, e chegou a hora de fazer parte de sua família, ainda que a família esteja determinada a jogá-la de volta para o buraco de onde saiu.

Você deve saber que qualquer que seja o jogo que está jogando, você não pode vencer. Não contra todos nós. Se você for embora agora, você não será machucada. Se você ficar, nós vamos te quebrar tão profundamente que você vai precisar rastejar para ir embora.

Nessa nova etapa da sua vida, Elle vai entender que ainda que ela tenha caído duro diversas vezes no passado, ainda é possível cair mais fundo, e segurar o choro dessa vez não será suficiente. E contra cinco garotos dispostos a colocá-la para baixo, sua única saída é tornar-se um desafio, ela vai enfrenta-los frente a frente, e para quem já sobreviveu a tanto, cinco homens feitos não sera uma tarefa tão difícil, certo…?

Claro que não posso deixar de mencionar que um desses garotos é um cara supercaliente me joga na parede e me chama de sua rainha, e é ele, Reed, que fará o seu pior para jogar a vida de Elle na lama. Minha primeira impressão desse cara era que Reed era um babaca metido a besta, mimado que só ele, e eu estava certa. Na verdade posso resumir a família Royal como uma cambada de filhas da put#, parece que está no sangue deles diminuir ou ferir outra pessoa. Mas também está no sangue deles serem fieis uns aos outros, amar, rir, e fazer o leitor se perguntar “e se?”.

Você pertence a nós. Você é a melhor coisa que já aconteceu para esta família. Voce é nossa.

Ainda que a história de Elle siga a linha de livros sobre mocinhas que se apaixonam por caras idiotas, não dá para dizer que é só mais um livro, a escrita da autora (dos autores, na verdade) te joga em uma bolha de sentimentos, eu fiquei em dúvida entre estar frenética a cada situação desesperadora, rir com os irmãos ou desejar a morte de alguém fervorosamente, e a cada página essa situação se repetia, sem deixar chance para você respirar ou viver outra coisa que não a história.

E QUE FINAL LOUCO FOI ESSE, meu senhor? De onde isso saiu? Como vou lidar e seguir em frente sem o próximo livro? Porque se uma coisa é certa é que dessa vez, quando Elle cair, você vai ser levado junto, e só nos resta torcer para que no próximo livro ela se reerga pronta para a revanche e disposta a tudo para mostrar que ela é muito mais do que uma boneca para brincarem nesse jogo.

“Você deve ir embora daqui. Esses Royals vão arruinar você.”
“Talvez eu queira ser arruinada.”

O livro foi escrito por Elle Kennedy (publicada pela Paralela) e Jen Frederick, o nome Erin Watt é o pseudônimo para essa parceria.