Editora: Galera Record
Páginas: 406
Classificação por Rafa e Gabrielle: 5/5 estrelas
Essa é uma resenha DUPLA. Em roxo estão os trechos de Gabrielle e em preto Rafael.
Príncipe Mecânico se inicia alguns dias depois onde Anjo Mecânico deixou. A Clave foi enganada por Mortimer — o Magistrado —, e esta furiosa com Henry e, principalmente, Charlotte Branwell, os líderes do Instituto de Londres.
O que faz que, com a influência do corrupto Benedict Lightwood, tracem uma meta aos caçadores de sombras: Charlotte, Henry, Will, Jem, Jessamine e os demais protegidos do Instituto deverão reparar seu erro encontrando o paradeiro do Magistrado dentro de uma semana, ou Charlotte e Henry perderão a liderança do local. Então eles vão atrás do passado de Mortimer para tentar conhecer suas motivações e razões e esclarecer seu propósito com os autômatos.
Com esse plot line de fundo seguimos acompanhando mais uma OBRA DE ARTE de Cassandra Clare e sua facilidade de nos envolver (nos agarrar, isso sim!), mexer com nossos nervos e nos emocionar.
Esse livro, de longe, é um dos meus favoritos da saga, principalmente por eu ser Team Jem. É um colírio para os olhos, e a relação entre o garoto de cabelos prateados e a garota que desconhece quem realmente é realmente cresce. Em contrapartida, descobrimos tudo sobre Will e, bem, é fácil ficar em cima do muro.
Aqui vemos um novo lado de vários personagens, principalmente Will. *suspira* Quem leu Anjo Mecânico sabe do desespero e desamparo do caçador de sombras no último capítulo quando ele baixa lá na casa do feiticeiro Magnus Bane. Os muros que Will construiu cuidadosamente em torno de si mesmo estão ruindo, tudo vindo ao chão, e aos poucos vamos entendendo os motivos da personalidade de William Herondale, que esta sofrendo muito nesse livro.
Quanto a Jem, ganhamos outra luz sobre esse personagem, como Tessa passa muito mais tempo em sua companhia, observamos *e nos apaixonamos* por sua delicadeza, sensibilidade e fervor. Eu considero impossível ficar descrevendo esses dois personagens porque me faltam palavras, e tudo o que escrevo me parece fraco e nada justo ao tamanho da intensidade deles.
A característica que mais me suga em Jem é a habilidade de seguir em frente mesmo o cara, praticamente, estando um passo da morte. Ele ilumina o ambiente, quando poderia ser a pessoa mais depressiva entre todos do grupo. Não sei, sinceramente não acho que tem para ninguém, e Tessa também é uma protagonista singular, o que só fez toda essa trilogia prequel ainda mais gostosa e fantástica.
Diferente de muitas mocinhas, nossa Tessa não fica se lamuriando, é bola para frente e partir para outra, e nisso se inclui tanto sua fica pessoal com os amores e dissabores, quanto também em sua luta para descobrir o que realmente é.
Ninguém pode viver sem nada. Jem é tudo que tenho.
Por último e não menos importante, há Will. Bem, apesar de nessa segunda parcela da trilogia finalmente a autora se aprofundar mais nesse garoto tão problemático não me convenceu tanto. Sim, houve uma ponta de dó e tristeza, mas como estou mais preocupada com Jem é complicado me condoer pelo rival!
Enfim, aqui temos nosso triângulo amoroso, mas posso afirmar que esse não é apenas qualquer triângulo amoroso, esse vai arrancar muitas lágrimas de nós leitores. Sem se esquecer dos demais personagens, Tessa continua a mesma muito curiosa como sempre, uma qualidade que gosto muito nela, e ainda estamos tentando descobrir QUEM e O QUE ela é, e a verdade pode ser mais obscura que eles todos imaginam, e apenas o Magistrado pode responder.
Lottie e Henry estão passando por uma crise, eu sofri horrores com esses dois por que eu gosto demais desse casal — mas no final eu dancei a macarena de felicidade! rsrs—, temos Jessamine que… Bem não sei dizer se ela esta sendo ingênua ou maldosa…
Quem se lembra da Sophie? A mundana que trabalha no Instituto, que tem uma feia cicatriz marcando seu rosto, tem uma história bem triste no seu passado, mas a garota doce ganha bastante destaque. Temos várias partes de seu ponto de vista, conhecemos de seu amor platônico por James. Mas a chegada de outro personagem vai mexer com a serviçal e eu me peguei torcendo pelo casal com a mesma fúria que torço pelo casal—triângulo— protagonista.
Clare tem esse dom de fazer mesmo os personagens secundários e de fundo serem interessantes, não existe personagem vazio em seus livros, todos são muito reais e com intensidades diferentes.
Sim, o triângulo amoroso é algo muito interessante, mas o que faz essa saga tão perfeita é que Cassandra Clare soube distribuir bem a intensidade em cada ponto. Por ser algo que ela escreveu após pegar bastante experiência com a antes-trilogia-e-agora-saga-de-seis-livros Os Instrumentos Mortais, dá para sentir o amadurecimento da autora, e provavelmente os leitores que não se deram bem com Jace e Clary vão amar TessaxJemxWill.
O livro em si é ótimo, não falta ação com os infernais autômatos do Magistrado, intrigas com a Clave, traições e como a estória se tece e desenrola sobre si mesma. Com um final de partir o coração digno de CASSANDRA CLARE acho nota 5/5 pouco.
Eu jamais permitiria que alguém tocasse em um fio de cabelo da sua cabeça. Sabe disso,não sabe, Tess?
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