Editora:Multifoco
Páginas: 88
Classificação: 3/5 estrelas
Primeiramente, devo comentar que a dedicatória da autora me conquistou. Por quê? Bem, logo de início a autora dedica o livro a si mesma, e eu achei digno e concordei com ela. Os autores devem dedicar o livro antes de tudo a si mesmos, que tiveram a garra de acreditar e não desistir, porque sabemos o quão cansativo é escrever um livro e não só isso mas os nãos que levam até chegar, finalmente, a resposta positiva tanto de leitores quanto de alguma editora e agente.
A história: Lilian Farias nos apresenta personagens totalmente
distintos, mas foca especialmente em duas mulheres, Clarice e Dolores, mulheres espelho, uma que viveu ao máximo enquanto podia e outra que após dar seus primeiros passos parou no caminho, mais menina do que mulher.
Que todas as vezes que remou contra a maré era porque a maré a guiava
Apesar de ser um livro super curto, o mesmo me deixou matutando por horas, tanto que a resenha demorou à sair. Afinal, como explicar Dolores? As decisões que tomou, ou melhor, deixou de tomar em grande parte de sua vida foram o que mais me chamaram a atenção. É claro que logo respostas são dadas.
Devo ser uma equação matemática para a cabeça dos deuses? Ou então devo ser a boba da corte deles?
Em Encontros Para Liberdade houve de tudo um pouco, o que foi incrível, vamos concordar. Em pouco mais de 80 páginas houve suspense, romance, redescobertas e primeiros amores. O livro, por um breve momento, também trata da esquizofrenia e cheguei a acreditar que quem tinha a doença era eu, que acabei vivendo e revivendo os personagens e suas facetas. Eu discordo de qualquer um que diga que esse livro é uma leitura leve. Pelo contrário, é um livro que por vezes você terá que parar a leitura para pensar e reviver o momento descrito, entender o que o personagem estava realmente sentindo para que seja possível viver, finalmente, a história.
Ótima resenha e do pouco que ainda conheço da obra posso afirmar que está na minha lista de futuras leituras. A narrativa de Lilian é encantadora e poética.
Atenciosamente,
R.S.Merces