[REVIEW] “Never Never” – Colleen Hoover e Tarryn Fisher

Uma coisa que me assusta muito é a doença de Alzaimer. Por que? Do que adiantaria vivermos e nos empenharmos tanto pelo que queremos para depois todas as nossas lembranças irem embora? Acredito que seja uma das piores coisas que possa acontecer a um ser humano. Em Never Never nossos personagens não têm essa doença. Mas o que acontece com eles é bem parecido com o que passam as pessoas que tem esse problema.

Charlie Wynwood quando dá por si está na escola, em uma sala que nunca entrou e com pessoas ao seu redor que nunca viu na vida. O pior de tudo é que aparentemente eles a conhecem. Mas quem seriam eles? Após isso, Charlie também descobre que tem um namorado. Mas como ela teria um namorado sem nem mesmo se lembrar de seu nome?

O que Charlie não imagina é que Silas Nash, o seu namorado, também não faz a mínima ideia de quem seja ela. Ele acordou na mesma situação que Charlie e nenhum dos dois sabe o que com suas amnésias. Algumas das coisas que eles coletaram são: eles são namorados há muito tempo, melhores amigos desde sempre, se amam e ao mesmo tempo fazem coisas que nenhum dos dois conseguem entender o motivo.

E logo Charlie e Silas começam a odiar o passado. Ao descobrirem o que eram, eles ficaram aflitos e não conseguiam acreditar. Mas o pior de tudo seria perder o amor que sentem um pelo outro com essa perda de memória. Por isso, Silas faz de tudo para que Charlie sinta novamente o que ele está começando a sentir. Mas, Charlie talvez não queira colocar em risco sua missão de descobrir o que realmente aconteceu com eles.

Eu posso não me lembrar de nada sobre ela, mas eu aposto que o sorriso dela era a minha parte preferida nela.

Never Never é o primeiro livro do que aparenta ser uma duologia escrita por Colleen Hoover (famosa autora de Métrica) e Tarryn Fisher (eu não conhecia até então). Mas o que eu posso garantir a vocês é que essa parceria com certeza deu certo. O livro é um new adult com cara de thriller. Sim, temos todo o romance envolvendo Silas e sua busca para fazer Charlie se apaixonar novamente, porém, o que ganha em primeiríssimo lugar nessa obra é, sem dúvidas, o mistério.

A obra é dividida pela narração de ambos os protagonistas, tornando possível ver os sentimentos e descobertas de ambos. Durante toda a narração eu fiquei com o coração na mão imaginando todas as infinitas possibilidades do que poderia ter acontecido com eles, Hoover e Fisher me ganharam completamente e estou contanto os dias para a sequência.

Isso não é um jogo que eu quero ganhar, Charlie. E se fosse, eu diria que nós dois perdemos.

Além disso, gostei das características dos personagens. O modo como as autoras escreveram deram a sensação que realmente realmente eram duas pessoas completamente diferentes que estavam tomando os lugares de Charlie e Silas. Eu achei isso incrível. Até me veio na memória alguns flashes de The Lying Game. Como vi muitos comentários por aí, eu não posso fazer nada além de concordar: você nunca viu nada assim antes.